A "financeirização" da habitação urbana está a impor tipologias pequenas nos prédios reabilitados. Arquitetos pedem cuidados na reabilitação e defendem que tem de ser possível regressar a estas frações quando o boom do turismo abrandar. A estratégia do Governo que está actualmente em consulta pública e preconiza uma “Nova Geração de Políticas de Habitação” defende “a promoção da reabilitação do edificado” e a dinamização “do mercado de arrendamento para fins habitacionais permanentes” nos centros urbanos.

Surge numa altura em que a dinâmica da reabilitação está em alta e a colocação de fogos no mercado também. Contudo, estas casas não são para o arrendamento de longa duração, mas antes para o turismo e o alojamento local. E as tipologias que estão a ser colocadas, quase sempre de dimensões mínimas, a insistir nos T0 e T1, também parece adequarem-se pouco ao regresso das famílias aos centros das cidades. E os que aí procuram habitação permanente esbarram com grandes dificuldades.

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