Retoma. As empresas estão a voltar a contratar engenheiros civis, mas o bastonário fala em “salários indignos” e relembra que é preciso criar emprego, mas não a qualquer custo
A engenharia está novamente na moda. É o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, quem hasteia a bandeira. O investimento de empresas multinacionais em Portugal tem permitido somar em solo nacional inúmeros centros de competências, projetos industriais e tecnológicos e até plataformas comerciais, criando com elas mais emprego e alavancando a procura de engenheiros. O aumento das contratações é transversal a quase todas as especialidades da engenharia, mas há uma — a Engenharia Civil — que traz desafios acrescidos. Depois de anos em que a crise afastou milhares de engenheiros civis do país e centenas de alunos dos bancos das universidades nacionais, empurrando-os (por falta de perspetivas de emprego) para cursos noutras áreas, a engenharia civil está novamente a dar emprego e até já há quem fale em dificuldades de contratação e falta de engenheiros civis no mercado. O bastonário garante que é tudo uma questão de perspetiva e de salários. “O país ainda tem engenheiros civis suficientes para as suas necessidades, não estão é disponíveis para trabalhar por salários que mais do que baixos, são indignos”, acusa.
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